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8 de fev. de 2013

Presidente da ABGLT dá nota 4 para o Governo Dilma Rousseff: "Ela está em recuperação"

Em entrevista ao site "Parou Tudo", [clique aqui], o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Carlos Magno Fonseca, 41, desaprovou o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), na execução de políticas públicas fundamentais para a população LGBT brasileira, sobretudo nas áreas de cidadania, direitos humanos e saúde. Confira, a seguir, a íntegra da entrevista:

Carlos Magno Fonseca, presidente da ABGLT: "De zero a dez, minha nota é quatro."
De ascendência tapajoara, nação indígena do oeste do Pará, e morador de Belo Horizonte, o jornalista Carlos Magno, 41 anos, é o novo presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), uma das maiores e mais importantes entidades ativistas arco-íris do mundo.

Magno, no movimento LGBT há 11 anos, foi coordenador do Centro de Referência pelos Direitos Humanos e Cidadania LGBT de Belo Horizonte de 2009 a 2011. Até 2016, entretanto, seu desafio é fazer o Brasil avançar ainda mais na questão arco-íris e, quem sabe, poder “aprovar” a gestão da presidente Dilma Vana Rousseff, que, por ora, de acordo com ele, não merece nota maior que 4!
Por que se tornou ativista gay?

As causa sociais sempre estiveram presentes na minha vida, mas a homofobia foi o motor pra lutar pelos direitos de nossa comunidade. O preconceito, as injustiças e as desigualdades causadas pela homofobia fizeram eu colocar a minha vida a serviço da mudança dessa triste realidade.

Qual o principal desafio interno da ABGLT?

Hoje temos uma debilidade, precisamos de estrutura física, ou seja, uma sede para que tenhamos condições de responder a contento todas necessidades do movimento LGBT e de nossas afiliadas.

Quais as prioridades da ABGLT em termos de cidadania LGBT?

A Carta de Curitiba, aprovada na Assembleia da ABGLT, em janeiro, pontua quais são as nossas prioridades. Continuamos firmes na luta contra a homofobia e exigindo do poder público nacional, estadual e municipal a elaboração e implementação de políticas públicas pró-LGBT. Neste sentido, o “tripé da cidadania” continua sendo nossa pauta central, ou seja, queremos coordenadoria de políticas LGBT, conselhos LGBT e Plano de Políticas Públicas LGBT.

Que nota você dá ao governo Dilma na promoção, defesa e garantia da cidadania LGBT?

De 0 a 10, minha nota é 4. Esperamos que nos próximos dois anos ela possa ser aprovada, mas, até o momento, ela está de recuperação.

Como a ABGLT pretende se envolver nas eleições para presidente, governadores, senadores e deputados em 2014?

A ABGLT sempre atua apresentando um programa de políticas para a nossa comunidade e, a partir daí, fazemos ações de advocacy com os candidatos. Para nós, o importante é que o maior número de candidatos assuma o nosso programa, independentemente de partidos políticos.


[Terry Marcos Dourado, secretário nacional de Comunicação da ABGLT; com informações de Welton Trindade, do site "Parou Tudo".]